segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Gênesis- Apresentação. Edgar Izarelli de Oliveira

Boa noite, pessoas!

Hoje vou fazer uma breve apresentação do meu novo trabalho chamado “Gênesis”.

Acabo de terminar de escrever, vou passar uma correção, e, na quinta-feira, dia 22/12 , começarei a postá-lo em forma de capítulos no meu blog, como aconteceu com meu conto “O Retorno de Saturno”. Será o meu presente de Natal para vocês..

Primeiramente, quero avisar que possui temas adultos, portanto, não é aconselhável para menores de 16 anos, mas claro que é só um conselho...

Dito isto, deixem-me explicar porque não estou classificando este trabalho em nenhuma denominação literária. Ele começou a ser desenvolvido em Maio deste ano, com o cálculo de ser um conto de mais ou menos 20 páginas, mas eu não consegui chegar nem à metade da trama nesse espaço; acabei concluindo na 42ª página, tendo uma extensão que não condiz muito com a de um conto tradicional.

Um outro problema encontrado no enquadramento deste trabalho dentro de uma classificação conhecida é a questão dos núcleos narrativos. Para simplificar um pouco e manter minha política de literatura para todos, o núcleo narrativo é o que dá liga aos diversos “ingredientes”de um trabalho literário narrativo, que conta ou noticia uma historia ou fato. Em outras palavras, é “o quê”, no sentido de substantivo, “a coisa” que se está contando. Então, por exemplo, o lide, o primeiro parágrafo de uma notícia, aquela frase que fica embaixo do título, sempre apresenta o núcleo da noticia: “Fulano de tal anunciou ontem que vai se aposentar por invalidez.” Então o jornalista desenvolve o texto em cima disso. Em contos, geralmente, o núcleo fica nas entrelinhas, mas, para ser considerado conto, é necessário que se tenha apenas um núcleo. Sinceramente, eu não sei se tem apenas um núcleo, embora todo enredo do trabalho se passe em apenas uma hora. Bom, fica a discussão para os literatos de plantão. Quem descobrir em que categoria se encaixa esse trabalho, me diga!

Bom, talvez o título chame atenção nessa época do ano, com o Natal logo ali, mas não se trata de um trabalho natalino e, além do título, pouco se aproxima de temas religiosos, embora debata muito diversos valores humanos e sociais; ou, melhor colocando, para mim não tem muitas referências bíblicas. Não pretendo, com está apresentação, trancar nenhuma interpretação possível. Gênesis foi o melhor título que consegui, pois, além de fazer esse link com o religioso, ainda fica bem sugestivo como título, portanto, vou deixar esse mistério para o prazer de vocês.

Como já disse, é um projeto iniciado em Maio, por isso talvez dialogue com as poesias e textos postados naquela época em que estava discutindo comunicação humana. Esse trabalho traz duas personagens centrais, Marília Buonicelli e Carlos Magno Vieira, Ambos nomes inventados que não fazem referência a ninguém. Os outros personagens com nome, não tem sobrenome e, embora o “professor Sergio” tenha tido alguma inspiração inconsciente nos meus professores de biologia e tango que eu só percebi depois, eu não procurei inspiração em ninguém com esses nomes conscientemente.

No mais, esse meu novo trabalho é narrado em 1ª pessoa participativa, o personagem fala sobre algo que aconteceu, está acontecendo ou acontecerá consigo mesmo e com aqueles que estão ao redor, como já é característica minha, e apresenta vários conflitos de diferentes ordens, psicológica, temporal, social, linguagem e etc. que são discutidos na trama. E onde procuro apresentar características de uma doença muito grave pela qual passei. A depressão. Muita gente não sabe, mas depressão tem níveis.

É um texto complexo que deve ser apreciado, saboreado, por isso e, logicamente, pela grande extensão, será postado aos poucos. Creio que em 21 capítulos. Pretendo postar uma parte a cada três dias.e criarei um marcador só para ele, assim fica mais fácil de achar...

Estréia dia 22/12!

Feliz natal!

Ed.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Viviane Neres

Liberdade

Diante de tantos conflitos e da turbulência do meu coração
Usei a razão e pensei o que é o amor
Diante de tanto conflitos
Sociais desiguais desumano
Desconfortável desilusão
Opressores oprimindo o opressor de amanhã
Liberdade antes tarde do que nunca
E na turbulência do meu coração
Misturada alimentada razão coração ilusão
Pergunto novamente
E o amor
A fome mata o amor o amor mata a fome
E não me venham dizer que o Brasil é o seleiro do mundo
Pois ainda há gente com fome
Eu tenho fome de conhecimento de tudo que é libertário
Por isso canto para tornar o mundo melhor
Por isso amo para me tornar melhor
Por isso volto a nascer todos os dias no sorriso de uma criança
E não há nada mais lindo quando uma pequena
Vida acaba de nascer
Nasce também uma esperança humana
Perdida vivida sobrevida a vida 

Contatos: vivianenerescultura@hotmail.com
http://vivianenerescultura.blogspot.com/  




Escrevi para os amigos do sarau...

Amigos...


Amigos são a família que a gente pode escolher... Será?

Tem amigos que acontecem sem querer;

Tem amigos escolhem a gente e depois a gente acaba aceitando;

Tem amigos que a gente escolhe, mas não somos escolhidos;

Tem amigos que só aparecem de vez em quando, tem os que não aparecem,

Tem os que sempre estão com a gente, bem perto ou mesmo de longe.

Tem até os que marcam hora para aparecer...

Tem os que só aparecem em festa e tem os que chegam sem avisar,

Os que precisam conversar e os que gostam de ouvir.

Hoje em dia tem amigo até virtual!

Não sei se ainda existe ou se já artigo de museu, mas existiam amigos imaginários...

E esses sim a gente escolhe, a gente monta!

Tem amigos com quem contamos, tem amigos que contam conosco.

Tem amigo que tem cara de poucos amigos, tem amigo que anda com muitos amigos.

Tem amigo que faz a gente rir, tem amigo que não, tem amigo que sabe consolar...

E tem amigo que não da pra ser levado a sério e tem amigo que sempre fala sério!

Tem ate amigo sem amigo, amigo solitário, amigo só de si mesmo...

Mas o importante é ter com quem compartilhar-se!

Daiana Fonseca

Todas as Cora-lindas

Vive dentro de mim
a mulher que ama
se entregando inteira
sem medo ou receio
do que virá depois.

Vive dentro de mim
a mulher moralista
pregando o certo e o errado
tentando ser o exemplo
de um mundo perdido.

Vive dentro de mim
a mulher feminista
lutando por novos direitos
impondo respeito
sem ser submissa.

Vive dentro de mim
a mulher sonhadora
construindo castelos em nuvens
e cascatas de açúcar
  
Vive dentro de mim
a mulher sofredora
labutando todo o dia,
sendo apenas suor e cansaço.

Vive dentro de mim
a mulher que é mãe
cuidando de todos
regando com afeto
a todas as crias.

Vive dentro de mim
a mulher desiludida
chorando e sofrendo
sem ser compreendida.

Vive dentro de mim
a mulher apaixonada
fazendo poesias
sendo apenas sorrisos
ao longo do dia.

Vive dentro de mim...
mil mulheres
e nenhuma.

Contatos: daianaff@gmail.com
http://janelasdescobertas.blogspot.com/



Ari Mascarenhas

Quase teoria

Com pouca capacidade de construção
acordei querendo catalisar
concepções comuns
acerca do casamento.

Querendo conquistar meu interlocutor
calculei os vocábulos em busca de um conceito.
Concreto.
E eis a conclusão - que a constituição de cotidianos cenóbitos
se concentrem em coerentes caminhos equacionados”.
Com riscos calculados.
“Calefados” em cápsulas de consentimento
companheirismo e corpos carinhosos.


In Fruto vermelho: Arte, sentimentos e sociologia nas reflexões de um jovem brasileiro. Pag. 113 – São Paulo-2008

Contatos:  frutovermelho@gmail.com
http://www.frutovermelho.blogspot.com/